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01 dezembro 2007

Segurança pública... e a falta dela

Terça-feira, 16 de maio de 2006 - 17:48

Depois de um começo de semana atípico, escrevi um e-mail para meu amigo Felipe Mazorca refletindo o que eu sentia em relação a toda a violência que estava acontecendo na cidade que eu muito amo, São Paulo. Como o surto passou mas o sentimento de insegurança continua, quero compartilhar essas palavras.

Oi Rogério, tudo bem?

Cara, ontem foi foda. Eu nunca imaginei que esse tipo de coisa pudesse ocorrer na cidade onde eu moro. Deu pra sentir, mesmo que em pequena escala, o que é viver em meio ao caos e à guerra civil.

Fomos dominados, nem que por um ou dois dias, pelo poder paralelo. Deu pra perceber o quanto somos frágeis, o quanto estamos desprotegidos por nossas autoridades, seja qual for seu título.

Eu não consegui sequer chegar ao meu trabalho. Muitos outros também não o fizeram. Escolas e empresas dispensaram seus alunos e funcionários logo após o horário de almoço. O comércio foi fechado no início da tarde. O transporte público ficou com mais da metade de sua capacidade parada. TOQUE DE RECOLHER ÀS 20:30. A que ponto chegamos.

Situações como essa me fazem refletir sobre o que eu quero, onde vivo, o que pensar do futuro.

Espero que esteja tudo bem com você, e que esse tipo de coisa não volte a nos atormentar tão cedo. Porque ficou provado que, quando eles quiserem, farão o que bem entender.

Abraços,
Felipe Mazorca


resposta

Meu amigo,

Realmente pudemos sentir no ar a tensão de viver na incerteza. O medo foi companheiro constante, em maior ou menos grau, durante todo o dia. O jornalismo factual, cumprindo sua missão de manter cada cidadão atualizado, montou um esquema de guerra para atender a tantas solicitações durante as 24hs do dia de ontem.

Até onde valem os nossos pequenos luxos e caprichos de cidade grande quando nossas vidas são postas em risco e nosso direito de ir e vir é subtraído, retirado a força de cada um e substituído pelo extinto sobrevivência – fazendo com que procuremos abrigo longe das ruas da metrópole que tanto amamos.

Fico feliz que você tenha passado o dia em casa, pois a apreensão das ruas não contribuía para uma solução da situação, fazendo apenas aumentar o sentimento de impotência de todos nós.

Que isso não volte a acontecer nunca mais! Que as autoridades desenvolvam métodos preventivos eficazes para deter a loucura enquanto o homem não controla a si mesmo.

Abraços!
Rogério

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