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25 dezembro 2007

A Bússola de Ouro

Graças a uma viagem ao Rio na semana passada pude finalmente comprar o livro A Bússola de Ouro, do autor britânico Philip Pullman. A uns bons anos a triologia Fronteiras do Universo - completados pelos livros A Faca Sutil e A Luneta Âmbar - me chama a atenção, mas por algum motivo eu ainda não tinha me dado esse prazer. Prazer porque foram horas de leitura agradável onde você é guiado pela imaginação!

ATENÇÃO PARA OS SPOILERS: O texto abaixo contém informações do livro. Se você não quiser saber antes de ver o filme coloque nos favoritos e volte mais tarde! ;)

A história conta as aventuras de Lyra Belacqua, de 11 anos, em um mundo onde as pessoas dividem sua vida com um daemon - que em grego significa Espíritos Iluminados -, um animal que é uma parte de sua alma. Os daemons podem assumir a forma de vários animais diferentes, dependendo da necessidade ou estado de espírito de seu humano, e ao passar da adolescência da pessoa assumem uma forma animal definitiva que mais se afina com as características da pessoa - um mordomo normalmente tem seus daemons em forma de cachorro, uma pessoa com personalidade forte poderia ter um daemon com aparência de um tigre ou leão, entre outros -.

Durante seu 11º ano de vida Lyra, que reside na Universidade Jordan e é tutelada pelos catedráticos da escola, começam a acontecer uma série de desaparecimento de crianças, todas com mais ou menos sua idade, por todo o país. Esse fato e o interesse maior dos adultos que a cercam pelo Pó - uma partícula elementar descoberta no começo do século que por um motivo ainda não compreendido totalmente se liga aos corpos das pessoas com mais intensidade quando seus daemons assumem a forma definitiva - são a porta de entrada para um mundo novo.

Como o livro toca várias vezes em assuntos de religião, que são considerados hereges mesmo pelos personagens do livro, a igreja do tem feito o possível para tirar o filme dos cinemas, chegando a pedir para seus fiéis para não assistir a essa blasfêmia - fenômeno similar ao que assisti, ao vivo a cores, em uma caravana católica na época da estréia de Harry Potter e o Cálice de Fogo -. Acho que Deus está vivo dentro de cada um e um filme, livro ou qualquer outro meio de comunicação não poderá interferir na fé de cada um de nós, mas isso não vem ao caso.

Além de recomendar o livro (em breve poderei comentar sobre a série, ja que planejo comprar os outros dois livros com os vale-presente que ganhei a pouco) e o filme, quero comentar a matéria do site G1. Recomendo esse site por ser bem atualizado e conter um bom conteúdo sobre os factuais, mas no caso da resenha da Bússola eu acho que ouve um pequeno equívoco quando o jornalista diz que o filme retrata um mundo paralelo no qual criaturas chamadas “daemons” levam a alma das pessoas. Aos meus olhos essa afirmação é escandalosa, caracteriza alguém que nem de longe leu o livro, mas com poucas minutos de Google eu percebi que os comentários a respeito do livro são bem divergente entre si. Parece que muita gente quer falar a respeito mas poucos querem ter o trabalho - ou no meu caso, o prazer - de ler a obra. Bem, fica abaixo a prova e aqui o link para a matéria do G1, confira você mesmo.



MATERIAL ADICIONAL

Enquanto fuçava no Google encontre um site católico com alguns pontos que caracterizam os pontos contra a obra de Philip Pullman. Como estamos em um mundo dual, nada mais justo que mostrar um outro lado da moeda. Aviso aos navegantes que o material comenta sobre partes dos outros dois livros e conta o final da triologia - imagine como gostei de ler essa parte sem ser advertido com antecedência -. O link está aqui.

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