... e sempre a ele

Amor,

Beijo desse que tenta infantilmente traduzir sentimento em palavras, rascunhando na tela brilhante...

Te amo, te respeito e sou feliz por ter você como amiga e companheira.

Você foi a resposta dos pedidos que ao infinito dirigi, Não tarde o reencontro dessa metade com a minha para construir novos horizontes e completar a minha vida.

Não sabia onde morava, mas tinha certeza que longe de mim não seria... mas qual o lugar certo? Onde desceria? Faltava muito? Como pedir para alguém que acabou de conhecer um telefone, um endereço, um coração? Apelei para o meio digital, o Orkut foi o segundo contato, e de lá para cá nada mais nos separou.

Naquele dia ao qual você referiu, mas no meu mundinho incompleto, estava eu parado ao teu lado, o coração batendo mais forte e dizendo em claras palavras: NÃO DEIXE ELA IR EMBORA SEM TER ALGUM CONTATO!

Lembro como se estivesse hoje vendo em câmera lenta as imagens daquele momento: cabelos ruivos, óculos com aro preto (estilo não te faltava!), avental branco... um sorriso com ar maroto que iluminava a todos. Sem perceber estava eu falando, começando o assunto com meu discreto guarda-chuva como tema e destemunha.

Entrei naquele ônibus sem reparar ninguém, não me lembro como foi. Sei que ao cruzar a catraca vi um lugar sendo desocupado e parando apenas para olhar se alguém precisava mais que eu do descanso - ainda não sabia que ninguém merecia, sabe Deus porquê, mais que tua companhia compartilhar - sentei ao lado teu.

Minutos antes estava saindo do serviço, dando as costas para um laranginha que passava e cruzando a avenida para ir ao Stand (como sempre, tecnomaníaco eu sou!). Ao sair passei o mundo de luzes que iluminavam a Paulista e novamente fui brincado com a chegada instantânea do nosso ônibus, esse sim trazendo consigo meu rumo certo, meu caminho seguro. Confirmo assim que as coisas acontecem como magia, por um acaso meramente espetacular.

Valeu cada momento...