Mesmo assim, vemos que toda a divulgação da mídia não foi suficiente para manter viva a lembrança dos eleitores. Os mensaleiros figuraram entre os deputados mais
votados nos Estados. Algumas figuras tarimbadas tiveram seu passaporte para o poder carimbado, como o Fernando Collor (ex-presidente, primeiro a sofrer
impeachment por envolvimento em esquemas de corrupção. Denunciado por
Pedro Collor, teve como principal aliado seu tesoureiro,
PC Farias. Confirmou em entrevista à rádio Jovem Pam que
dará apoio a Lula no 2º turno - segundo a senadora
Heloísa Helena, Collor teve sua candidatura articulada por Lula), Paulo Maluf (ex-prefeito de São Paulo acusado de inúmeros delitos, como superfaturamento de obras e desvio de
verba pública), Clodovil (estilista, 3º na lista dos mais votados para deputado estadual,
declarou não ter projetos e que quer conhecer os móveis de sua nova sala na câmara),
Antônio Palloci (ex-ministro da Fazenda, foi afastado do cargo por ter sido acusado de
envolvimento no escândalo do Mensalão e de
chefiar um esquema de corrupção em Ribeirão Preto enquanto foi prefeito da cidade) e
onze envolvidos nas CPIs do mensalão(5) e sanguessugas (6).
No cenário presidencial, acompanhei a falta de respeito demonstrada pelo presidente Luis Inácio Lula da Silva em não participar de nenhum debate no período de campanha - segundo Tarso Genro, ministro das Relações Institucionais, o povo poderá contar no 2º turno com sua
ilustre presença. Não votei nele em 2002 por desacreditar (e muito!) de suas promessas, como a mão forte que usaria contra o FMI (em 2006 o pagamento a ele foi
antecipado); os 10 milhões de empregos diretos (que de promessa de criação se tornou compromisso de dedicação,
segundo Lula) que segundo o JB foi de aproximadamente 4 milhões - inferior à média de empregos criados no governo de
FHC, que em 8 anos criou 9 milhões, ou seja 4,5 milhões de média por mandato (segundo cartilha publicada pelo
Instituto Teotônio Vilela); a jornada de trabalho continua de 44 horas semanais, e não de 40 horas como foi dito em sua campanha; a promessa de crescimento anual do PIB em 5% anuais (detalhes abaixo), que segundo consta deve estacionar na casa dos 3% na média dos quatro anos de seu mandato; o programa
Saúde da Família, que pretendia alcançar 120 milhões de família e deverá alcançar, segundo o
JB, 85 milhões. Além disso, outros momentos marcaram minha
relação com o governo Lula, como a defesa da construção do Gasoduto do Sul (que transportará o gás produzido na Venezuela para a Argentina e Brasil, orçado em mais de R$20 bilhões, que colocará o Brasil num risco igual ou maior do que no caso da
Bolívia - segundo Luiz Inácio, o
gasoduto é comparável a
Grande Muralha da China).
Além disso, tiveram outros tantos fatos marcantes. Sito alguns: