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12 novembro 2007

Tempo e vida

Como você vê o tempo? Ou como ele te vê? Sempre tive um jeito meu de ver o tempo e de me relacionar com ele. A frase que coloco no meu mensageiro transmite bem essa relação.


"Fiz um acordo de coexistência pacífica com o tempo: nem ele me persegue, nem eu fujo dele. Um dia a gente se encontra."
- Mário Lago -

Acho muito importante ter um relacionamento sadio entre o tempo e a vida, assim acredito que meu passado será melhor construído, ou quem sabe melhor executado. Essa linha de idéia é longa... eu adoraria explicar o que penso a esse respeito, mas o sono e os horários do dia que agora começa não me permitem!

Lendo um último email, pensei num texto que conheço desde pequeno, por intermédio da minha mãe. A autoria é atribuída normalmente a Jorge Luiz Borges, mas a busca pelo verdadeiro autor é tão interessante quanto o próprio texto. Se quiser saber mais sobre o autor comece por aqui e aqui.

Quem sabe postando o texto nesse meu canto lembro de andar mais leve e viver mais cada momento.

Se eu pudesse viver novamente a minha vida, na próxima trataria de cometer mais erros.
Não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais.
Seria mais tolo ainda do que tenho sido, na verdade bem poucas coisas levaria a sério.
Seria menos higiênico.
Correria mais riscos, viajaria mais, contemplaria mais entardeceres, subiria mais montanhas, nadaria mais rios.
Iria a mais lugares onde nunca fui, tomaria mais sorvete e menos lentilha, teria mais problemas reais e menos problemas imaginários.
Eu fui uma dessas pessoas que viveu sensata e produtivamente cada minuto da sua vida, claro que tive momentos de alegria.
Mas, se pudesse voltar a viver, trataria de ter somente bons momentos.
Porque, se não sabem, disso é feito a vida, só de momentos bons, não percas o agora.
Eu era um desses que nunca ia a parte alguma sem um termômetro, uma bolsa de água quente, um guarda-chuva e um pára-quedas.
Se voltasse a viver, viajaria mais leve.
Se eu pudesse voltar a viver, começaria a andar descalço no começo da primavera e continuaria assim até o final do outono.
Daria mais voltas na minha rua, contemplaria mais amanheceres e brincaria com mais crianças, se tivesse outra vez uma vida pela frente.

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