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05 junho 2007

Carreira em Y : Parte 2

A muitas luas atrás eu divulguei aqui os passos para um profissional de TI encontrar o pote de ouro no final do arco-íris com a Carreira em Y. Agora vamos para uma aula prática (e clássica!) para progamadores de Como matar um dragão. Siga e seja feliz... pois nóis se mata mas nóis dá risada!

JAVA
Chega, encontra o dragão, desenvolve um framework para aniquilamento de dragões em múltiplas camadas, escreve vários artigos sobre o framework mas no final não consegue matar o dragão.

.NET
Chega, olha a idéia do Javanês e a copia, tenta matar o dragão, mas é comido [ui!] pelo réptil.

C
Chega, olha para o dragão com olhar de desprezo, puxa seu canivete, degola o dragão, encontra a princesa mas a ignora para ver os últimos checkins no cvs do kernel do Linux.

C++

Cria um canivete básico e vai juntando funcionalidades até ter uma espada complexa que apenas ele consegue entender... mata o dragão mas trava no meio da ponte por causa dos memory leaks.

COBOL
Chega, olha o dragão, pensa que tá velho demais para conseguir matar um bicho daquele tamanho e pegar a princesa e, então, vai embora.

Pascal
Se prepara durante 10 anos para criar um sistema de aniquilamento de dragão... Chegando lá descobre que o programa só aceita lagartixas como entrada.

Visual Basic
Monta uma arma de destruição de dragões a partir de vários componentes, parte pro pau pra cima do dragão e, na hora H, descobre que a espada não funciona direito...

Ruby
Chega com uma puta fama, falando que é o melhor faz tudo. Mas quando vai enfrentar o dragão mostra um videozinho dele matando um dragão... e o dragão come ele de tédio.

Smalltalk
Chega, analisa o dragão e a princesa, vira as costas e vai embora pois eles são muito inferiores.

Shell
Cria uma arma poderosa para matar os dragões mas não se lembra como usá-la. Passa uma semana lendo os man pages do Shell e finalmente o cara chega no dragão com um script de 2 linhas que mata, corta, estripa, empala, pica em pedacinhos e empalha o bicho. Mas na hora que ele roda o script aumenta, engorda, enfurece e coloca álcool na boca do dragão.
ASSEMBLY
Chega ao dragão com 2 toneladas de documentação desenvolvida sobre o processo de se matar um dragão genérico; desenvolve um fluxograma super complexo para libertar a princesa e casar-se com ela; Executa o processo, estima o esforço e o tamanho do estrago que isso vai causar; Acha que tá fazendo o mais certo e enxuto possível, porém troca um A por D: mata a princesa e transa com o dragão.

Fortran
Chega e desenvolve uma solução com 45000 linhas de código, mata o dragão e vai ao encontro da princesa ... Mas ela o chama de tiozinho e sai correndo atrás do programador JAVA que era elegante e ficou rico.
CLIPPER
Monta uma rotina que carrega um array de codeblocks para insultar o dragão, cantar a princesa, carregar a espada para memória, moer o dragão, limpar a sujeira, lascar leite condensado com morangos na princesa gostosa, transar com a princesa, tomar banho, ligar o carro, colocar gasolina e voltar pra casa. Na hora de rodar recebe um "Bound Error: Array Access" e o dragão o come.

VFP
Desenvolve um sistema para matar o dragão, que por fora é "bunitinho", mas por dentro está todo remendado. Após convencer o dragão que aquilo vai ser bom pra ele e que não será doloroso, ele executa o aniquilador de dragões, mas lembra que esqueceu de indexar os DBF e nada acontece.

PL/SQL
Coleta dados de outros matadores de dragão, cria tabelas com N relacionamentos de complexidade ternária e armazena tudo em cubos de N dimensões, demora 15 anos para processar a informação. Enquanto isso a princesa virou lésbica.

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