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29 novembro 2006

Happy Feet


Atenção: Spoiler - Esse post contém comentários sobre o filme.


Happy Feet (HF) é uma reencarnação do clássico conto O Patinho Feio, de Hans Christian Andersen. No frio da Antártida nasce HF, um pingüim imperial com um dom diferente: o de sapatear! O que seria uma benção se torna um problema, pois tão grande é sua capacidade de sapatear quanto sua inabilidade para cantar. Os pingüins Imperial usam o canto do amor, uma música feita a partir dos sentimentos inatos de cada pingüim como forma de conquista durante o período de acasalamento. Isso forma um abismo entre ele e os demais de sua espécie, que não entendem como alguém pode querer bater os pés durante todo o tempo e não consegue cantar!

Ele cresce em meio ao preconceito alimentado pelos Anciões - um grupo formado pelos mais velhos e bitolados de sua sociedade, liderado por Noé, responsáveis por manter as tradições dos antepassados viva – que espalham o boato de que Happy afastou o Deus que os protege pelo seu jeito diferente, trazendo a escassez de alimento. Ao atingir a idade adulta, quando todos os demais vão para o mar pela primeira vez, HF acaba sendo segregado pelos demais e depois de quase ser devorado por um leão marinho conhece uma outra espécie de pingüim, os Adelie.

Nesse momento fica claro as diferenças entre as duas espécies: os Imperador são altos, com uma bela voz, mantém tradições tipicamente americanas e seguem uma regra de comportamento severa. Já os Adelie são latinos com muito gingado e bom humor, de baixa estatura e com caracterização mexicana, levando uma vida muito animada e feliz. Um grupo liderado por Ramon recepciona Happy e passa a ser o centro das risadas até o final do filme. Junto deles ele encontra a felicidade e aceitação que vinha procurando desde pequeno, pois o seu sapateado é um gingado diferente de tudo que eles já haviam visto até então.

Ao retornar para sua casa em companhia de seus novos amigos, Feet tenta conquistar sua amada Gloria e acaba influenciando a todos os jovens com seu gingado. Tudo ia bem até que Noé determina que ele deve se afastar da colônia, pois seus costumes estavam trazendo a desgraça para todos. Determinado a descobrir a real causa da escassez dos peixes, HF vai embora acompanhado de Ramon e seus novos amigos e parte para explorar as terras proibidas, um lugar afastado que faz fronteira com as terras dos elefantes marinho. Daí em diante o filme destaca seu lado ativista, mostrando as ameaças que o homem é para o ecossistema da Antártida com sua caça predatória e exploração descontrolada dos bens naturais.


COMENTÁRIOS
Diferente dos tradicionais filmes infantis americanos, Happy Feet tem a pretensão de manter um tema mais adulto, onde o humor divide o tempo com a questão ambiental. É um filme que faz pensar, mas não é o que eu esperada quando escolhi uma animação para ver no final da tarde. Acho que estava mais para Carros! Indiferente disso a modelagem do filme é incrível, de tirar o fôlego. Os cenários e os animais são muito fiéis aos originais, não fazendo como muitos filmes que querem deixar claro que o modelo não é real. A interação da animação 3D com os elementos reais é quase perfeita, como visto no contato com os seres humanos no final do filme ou na dança de Mano (nome dado para Happy Feet na versão brasuca) que foi realizada por meio da captura de movimentos do sapateador Savion Glover.


Gênero: Infantil (Animação)
Duração: 98 min
Origem: Austrália
Estréia: 17/nov/2006 (EUA) e 24/nov/2006 (BRA)
Estúdio: Warner Bros.
Direção: George Miller
Elenco: Robin Williams (Ramon/Amoroso), Hugh Jackman (Memphis), Elijah Wood (Mano), Nicole Kidman (Norma Jean), Brittany Murphy (Gloria), Carlos Alazraqui (Nestor), Alyssa Shafer (Gloria Hatchling), Magda Szubanski (Viola), Hugo Weaving (Noé)

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